O papa Francisco teve mais uma noite tranquila e está descansando, afirmou o Vaticano, em nota publicado neste domingo (2).
No boletim anterior, divulgado neste sábado (1º), a saúde do pontífice estava estável, e Francisco não teve febre nem novas crises respiratórias –algo que havia preocupado a equipe médica na sexta (28), quando o papa havia voltado a sofrer com crise respiratória.
Segundo a equipe média do hospital Gemelli, o papa alternou no sábado entre a ventilação mecânica não invasiva e oxigenação de alto fluxo, ou seja, recebendo oxigênio concentrado pelas vias áreas, sem necessidade de intubação.
O boletim dizia ainda que o papa continuava se alimentando e fazendo fisioterapia normalmente e estava acordado e alerta. No fim da tarde, horário local, ele recebeu a Eucaristia e rezou.
No boletim anterior, da sexta-feira, a equipe médica disse que o papa havia tido uma noite tranquila. “A noite transcorreu tranquila. O papa está descansando”, indicou a Santa Sé em um breve comunicado, como tem sido praxe nos boletins matinais.
O pontífice já está internado há duas semanas, e seu caso, depois de ter apresentado melhora contínua ao longo da semana, voltou a preocupar na sexta. Durante a tarde, Francisco passou por uma crise respiratória que causou vômito, que acabou inalado e precisou ser aspirado pelos médicos. Pela primeira vez, ele faz uso de ventilação mecânica por meio de máscara. Ele não está intubado.
Segundo o comunicado anterior, a crise levou a um “agravamento repentino da condição respiratória”, mas o papa “permaneceu alerta e bem orientado”. Os médicos mantiveram o “prognóstico reservado”, o que significa que sua condição de saúde continua com evolução incerta e que a equipe trata o quadro com cautela.
Na noite de sábado, fiéis voltam a se reunir na praça São Pedro para rezarem pela saúde de Jorge Mario Bergoglio, 88. O rosário foi comandado pelo cardeal Claudio Gugerotti, prefeito do dicastério das Igrejas Orientais.
Francisco foi internado no dia 14 de fevereiro para tratar o que parecia uma bronquite. Nos dias anteriores, o pontífice vinha apresentando dificuldades para liderar celebrações da Igreja Católica, e chegou a pedir ajuda para terminar de ler discursos em duas ocasiões.
Quatro dias depois, ele recebeu diagnóstico de pneumonia bilateral, uma infecção grave que pode inflamar e causar cicatrizes em ambos os pulmões, dificultando a respiração. O Vaticano descreve o quadro infeccioso como complexo, causado por dois ou mais micro-organismos.
Trata-se da condição clínica mais complexa que Francisco enfrenta em seu papado. A atual internação é a mais longa desde que ele se tornou papa em 2013, superando o período de dez dias em 2021, quando se submeteu a uma cirurgia eletiva no intestino.
ParaíbaOnline