O deputado federal Romero Rodrigues (Podemos) diverge no tocante ao prazo estimulado pelo deputado Fábio Ramalho, presidente do PSDB na Paraíba, para que a oposição defina o nome do candidato para disputar o Governo do Estado já agora em janeiro de 2025. A tese foi apresentada pelo tucano ontem (29).
Hoje, em entrevista ao programa, Rodrigues afirmou que o bloco oposicionista tem diversos nomes para apresentar contra o projeto liderado pelo governador João Azevêdo (PSB). Por isso, talvez não fosse a melhor estratégia, nesse momento, bater o martelo já de agora.
“Eu penso que a oposição tem vários nomes. E, dificilmente, alguém, um dos nomes já vai firmar algum tipo de radicalismo entorno de seu nome já agora em janeiro. Eu acho que talvez a oposição, para poder fortalecer o processo de 2026, tem que dar à população paraibana várias opções e essas opções irem trabalhando o processo eleitoral de 2026. Assim, a gente vai fazendo a avaliação do pensamento da população, o que pode ser aferido através de pesquisas. Então, se você restringir um nome, agora, talvez seja ruim”, avalia.
“Essas questões de política, você sabe que as coisas mudam muito rapidamente. Não existe uma estabilidade de definir que um nome que está bom agora em janeiro de 2025, vai estar igualmente bom lá em outubro de 2026”, avalia
Para Romero, há alguns nomes, incluindo o seu, já em debate nas articulações.
“Eu acho que não podemos cecear a discussão de nenhum nome, nem tampouco, já obrigatoriamente fazer um lançamento de candidatura, porque você coloca o cara lá para estar na linha de frente do embate em desfavor dessa pessoa. Então, eu acho muito cedo, claro que a gente entende o raciocínio do querido deputado Fábio Ramalho, mas eu acho que talvez seja melhor trabalhar com três opções ou até mais e escolher o que estiver em melhor condição em 2026”, frisou.
Questionado se isso representa que ele é pré-candidato ao Governo, o deputado respondeu:
“Meu nome é sempre bem lembrado. Mas, isso não pode ser uma imposição. A gente tem que trabalhar, a gente tem que discutir, tem que refletir uma realidade e circular um pouco na Paraíba para tentar fertilizar e divulgar ainda mais esse nome, ganhar mais densidade eleitoral… Eu não vou poder dizer que, se meu nome é citado espontaneamente, que a gente vai dizer já que exclua o nosso nome. Agora, eu estou focado no meu mandato de deputado estadual. Tem muito tempo ainda. Eu posso contribuir muito ajudando os municípios paraibanos. Eu estou priorizando essa questão de fortalecimento do meu mandato de deputado federal. Mas, claro, se você é citado espontaneamente, você só tem motivo para agradecer. A gente vai reclamar? Não. Agradecer. Lá no momento certo a gente escolhe se vai ser meu nome, se vai ser o de Efraim, se vai ser o de Pedro e assim sucessivamente”, respondeu.
Para equacionar a matemática de lideranças na majoritária, Romero cita a possibilidade de abrigar quem não for escolhido para encabeçar a chapa pode ser contemplado com as demais vagas, como senador ou vice-governador.
“Naturalmente, se você observar bem nós teremos uma candidatura para governador e duas para o Senado Federal. Então, tem muita oportunidade de espaço para discutir e para gente tentar entender entorno de um, de dois, de três ou mais nomes”, pontuou.
Nas eleições passadas, a estratégia adotada pela oposição foi de pulverizar o número de candidatos. Para o próximo pleito, Romero diz que é preciso entender o cenário para adotar a estratégia correta.
“É muito distante para gente fazer essa avaliação. Às vezes uma candidatura seria o ideal, mas em determinados momentos duas ou três podem ajudar. Depende desse cenário, dessa avaliação, desse estudo, de pesquisas. Todo mundo sabe que uma eleição estadual é uma eleição em dois turnos. Se for estratégico você ter duas candidaturas para eventualmente possibilitar o segundo turno, maravilha. Se você achar que tem condições de levar uma candidatura já em primeiro turno, se oposição estiver fortalecida nesse sentido, maravilha. É muito cedo pra gente fazer essa avaliação e ter, de certa forma, uma decisão já formada”. concluiu.
Wallison Bezerra – MaisPB