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Presidente da AMCAP vê com preocupação as seguidas quedas nos repasses dos municípios

O presidente da Associação dos Municípios do Cariri e Agreste paraibano e prefeito, Adriano Wolff, voltou a cobrar explicações do Governo Federal sobre as seguidas quedas nos repasses do FPM pelo quarto mês seguido, prejudicando os municípios brasileiros.

“Desde de julho estamos sofrendo com constantes quedas no repasse do FPM, principalmente no primeiro decêndio do mês, que tem sido menor do que os repasses do ano passado no mesmo período. Mesmo com a compensação que o Governo tem prometido repassar, não é possível cobrir os valores que já perdemos”, disse Adriano Wolff.

O primeiro decêndio de outubro foi creditado nas contas das prefeituras de todo o país na nesta terça-feira, 10 de outubro, mantém a tendência de queda dos meses anteriores. O repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) apresenta queda de 13,28% comparado ao mesmo período de 2022. O primeiro decêndio sofre influência da arrecadação do mês anterior, uma vez que a base de cálculo para o repasse é dos dias (20 a 30 do mês anterior). A Confederação Nacional de Municípios (CNM) destaca que esse 1º decêndio, geralmente, sempre é o maior do mês e representa quase a metade do valor esperado para o mês inteiro.

O repasse será no valor de R$ 4.105.735.394,17, já descontada a retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Em valores brutos, incluindo o Fundeb, o montante é de R$ 5.132.169.242,71. Neste cenário de crise nos Municípios, vale destacar que quando o valor do repasse é deflacionado, ou seja, desconsiderando a inflação do período, o primeiro decêndio de outubro apresenta queda de 16,85% comparado ao mesmo período do ano anterior.

No acumulado do ano, o FPM apresenta crescimento nominal de 3,31% e, ao se retirar os efeitos da inflação, é observada queda de 1,12%. A Confederação destaca ainda na publicação que a distribuição dos repasses regulares apresentou queda de 7,7% no segundo semestre, o que equivale a R$ 3,2 bilhões. Os determinantes para as reduções continuam a ser a queda do lucro das grandes empresas, em especial as ligadas ao setor de commodities, que derrubou o Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) em 24,7% e o aumento das restituições do IR no período.

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