Na disputa pelo comando do Senado, o PL (Partido Liberal) pleiteia a primeira vice-presidência da Casa. A legenda, que declarou apoio ao senador Davi Alcolumbre (União-AP) ainda pretende assumir o comando de ao menos uma comissão permanente.
O partido considera que seu tamanho na gestão Alcolumbre seguirá a proporcionalidade partidária. Portanto, tudo depende do número de senadores que eles terão em 2025. Hoje, o PL tem 14 senadores, contando com Beto Martins (PL-SC), que assumiu o posto em agosto em função da licença da senadora Ivete da Silveira (MDB-SC). Contudo, ela deve voltar ao Senado ainda neste ano.
Na mesa de negociações, há a possibilidade de a legenda assumir o comando da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), considerada a segunda mais importante do Senado.
Diferentemente da eleição da mesa em 2023, o PL resolveu não oficializar um nome para concorrer ao comando da Casa a fim de conseguir mais espaço no Senado, incluindo o andamento de pautas consideradas relevantes.
Após perder a disputa no ano passado, o partido ficou sem a presidência das comissões permanentes e sem espaço na mesa diretora. Mesmo assim, o senador Marcos Pontes (PL-SP) se lançou na disputa sem qualquer aval da legenda.
De acordo com o líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN), um dos compromissos assumidos por Alcolumbre é a defesa nas “prerrogativas do Parlamento”.
Apesar de destacar que “não há condicionante” para o apoio ao senador amapaense, Marinho disse que o parlamentar garantiu que “qualquer projeto que tiver legitimidade, que estiver de acordo com a nossa Constituição, não vai ter óbice”.
Desse modo, poderiam ser pautadas matérias defendidas pela oposição, a exemplo de propostas para limitar as ações do STF (Supremo Tribunal Federal), a anistia aos presos pelos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro e um possível impeachment dos ministros do Supremo.
Faltando pouco mais de dois meses para a eleição da Mesa, Alcolumbre já soma o apoio de oito partidos, que juntos têm 644 senadores. União Brasil, PSD, PL, PT, Podemos, PDT, PSB e PP já fazem parte da chapa dele.
Outros cargos na chapa Alcolumbre
Maior bancada da Casa, o PSD deve ficar com o comando da principal comissão do Senado, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), sob a gestão do senador Otto Alencar (PSD-BA).
A legenda ainda combinou uma vaga na mesa, sendo a Primeira Secretaria, sob o comando da senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB). Caso as costuras se concretizem, será a primeira vez em 13 anos que uma mulher ocupa uma vaga oficial na mesa da Casa.
Já o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que possui nove senadores, deve ficar com a segunda vice-presidência do Senado. Ainda há a possibilidade de o partido comandar algum colegiado permanente.
R7