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PL espera retorna de Hugo Motta e acelera pressão por anistia e busca votação no início de abril


O PL, partido de Jair Bolsonaro, intensificou os esforços para garantir a votação da proposta de anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. A medida, segundo aliados, pode beneficiar o ex-presidente caso ele seja condenado por tentativa de golpe de Estado.

O partido já conta com o apoio de nove siglas e, segundo o líder da bancada na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), tem as assinaturas necessárias para pedir urgência na votação. O requerimento precisa de 171 assinaturas para ser apresentado e, se aprovado, acelera a tramitação do projeto, que não precisaria passar pela comissão especial criada por Arthur Lira (PP-AL) em outubro de 2024.

Entre os partidos que apoiam a anistia estão PL, União Brasil, PP, Republicanos, PSD, Podemos, PSDB, Novo e Solidariedade. No entanto, a nova direção da Câmara, liderada por Hugo Motta (Republicanos-PB), é contra o uso excessivo do pedido de urgência. Como Motta está em viagem oficial com o presidente Lula, a reunião de líderes foi adiada para 3 de abril, quando será discutida a urgência do projeto.

O PL pretende votar a proposta na semana do dia 8 de abril. O atual relator do projeto é o deputado Rodrigo Valadares (União Brasil-SE), aliado de Bolsonaro. Caso a anistia não seja incluída na pauta, o partido ameaça obstruir outras votações. Na última terça-feira, o vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), anunciou o cancelamento das votações devido à falta de consenso sobre a pauta.

A reação do PT

O PT está atento à evolução do projeto e monitora os votos, especialmente considerando as possíveis consequências institucionais. Lindbergh Farias, líder do PT, alertou para a possibilidade de uma crise entre os Poderes, caso a anistia beneficie aqueles ainda sob julgamento. “Não podemos permitir que a Casa se envolva em uma crise com o Judiciário”, afirmou Farias.

Mobilização de Bolsonaro

Bolsonaro continua a buscar apoio popular. Após um ato em Copacabana, com a presença de governadores aliados, o ex-presidente planeja uma nova manifestação em São Paulo, no dia 6 de abril, para ampliar a pressão pela anistia e reforçar sua base de apoio no Congresso.

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