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Paraíba fabrica 12 milhões de litros de cachaça por ano e se consagra como maior produtor do Nordeste

Empregar mais de 22 mil pessoas, faturar mais de R$ 1 bilhão ao ano, fabricar mais de 12 milhões de litros de cachaça e gerar 80 engenhos em plena produção. São esses números que fazem da Paraíba o maior estado produtor de cachaça da região Nordeste. Como se não bastasse, o estado também está em 6º lugar no ranking de cachaças registradas em todo o país.

O estado representado pela cidade de Areia aparece em 4º lugar no ranking das cidades com maior número de produtos registrados, ficando atrás apenas de Belo Horizonte (MG), Salinas (MG) e Ivoti (RS). Já nos estabelecimentos registrados, a Paraíba aparece em 7º lugar com o total de 50 Cachaçarias registradas. Este registro é a formalidade administrativa que autoriza as cachaçarias a funcionarem, considerando a atividade e linha de produção, bem como a sua capacidade técnica e condições higiênico-sanitárias.

Os dados sobre o produto destilado são do Anuário Nacional da Cachaça 2024, produzido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. Além da forte geração de emprego, algumas cachaças paraibanas estão entre os 100 maiores ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do estado, o que gera um impacto considerável na economia. Os dados são da Aspeca (Associação Paraibana dos Engenhos de Cachaça de Alambique) que, com o Governo do Estado, Sebrae e Federação das Indústrias, promove a participação de produtores em feiras, workshops, seminários e demais eventos, divulgando a cachaça paraibana em feiras nacionais usando a marca Cachaças da Paraíba. Isso fez com que o produto passasse a ser cada vez mais conhecido em todo Brasil e também no exterior.

O Governo do Estado, em parceria com Sebrae e Fecomércio, promoveu uma ação em fevereiro deste ano que levou a Cachaça Paraibana para uma rodada de negócios em Portugal, porta de entrada na Europa, onde 10 engenhos estiveram presentes para fomentar a atividade de exportação do produto. Segundo Marcelo Abrantes, membro diretor da Fecomércio, alguns engenhos da Paraíba já começaram a enviar seus produtos para Portugal e outros estão em negociações com Portugal e outros países da Europa. “A rodada fez com que os empresários paraibanos começassem a abrir a mente para internacionalizarem as suas empresas e terem um produto de qualidade tipo exportação, o que agrega muito o valor da Cachaça Paraibana. Se olharmos para trás, uns 10 anos, e compararmos com o que temos hoje de oferta de blends, tipos de garrafas e embalagens, podemos dizer que a Paraíba está no caminho certo.”

A cachaça também movimenta a economia através do turismo. A conhecida “Rota dos Engenhos” leva turistas de todo país a desbravar cidades como Areia, Bananeiras, Pilões, Serraria e Alagoa Grande. A Rota é um projeto desenvolvido através da parceria entre o Sebrae e a PBTur, onde participam 15 engenhos que favorecem um passeio pelo processo de fabricação de produtos de engenho, degustação e também a realização de trilhas.

Para a secretária estadual de Turismo e Desenvolvimento Econômico, Rosália Lucas, a cachaça da Paraíba é um saboroso combustível do desenvolvimento. “Temos um produto forte e um setor produtivo em constante expansão. São dezenas de milhares de famílias que vivem da produção e comercialização da cachaça e o Governo, sempre atento a este crescimento, recuperou recentemente a estrada que liga Areia, Alagoa Grande e Remígio melhorando o acesso do turista que visita a região e também o deslocamento da população local. Além disso, a promoção de eventos turísticos, como o Caminhos do Frio, fortalece ainda mais o interior da Paraíba. É turismo que gera renda, que gera empregabilidade, que gera desenvolvimento.”

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