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O mote do ato de 7 de setembro será o impeachment de Moraes, diz Malafaia

O pastor Silas Malafaia, organizador do ato de 7 de setembro em São Paulo juntamente com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou, em entrevista ao programa Ponto de Vista, de VEJA, desta quinta-feira, 5, que o mote da manifestação na Avenida Paulista “vai ser o pedido de impeachment” do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

“A marca e a tônica desse 7 de setembro é o impeachment do ministro Alexandre de Moraes por seus crimes comprovadamente manifestos. Não é questão partidária ou de gostar ou não dele. Eu venho há pelo menos dois anos denunciando os crimes cometidos [supostamente por Moraes]“, disse Malafaia. Segundo ele, as recentes disputas entre Elon Musk e o magistrado não influenciaram na decisão de realizar o ato.

“O que Elon Musk trouxe agora são as provas do que está sendo denunciado. O mote vai ser, sim, o pedido de impeachment do Alexandre de Moraes. O povo é o supremo poder de uma nação. Quando o povo se levanta, não tem Suprema Corte, não tem Poder Legislativo ou Executivo, porque a nossa Constituição diz que todo poder emana do povo”, ressaltou.

“Essa vai ser a marca dessa manifestação: um pedido de impeachment pelas arbitrariedades vergonhosas que esse ministro vem cometendo”, acrescentou o religioso. Questionado sobre possíveis reações de Moraes diante do que for falado no ato em São Paulo, o pastor disse não ter medo.

“Eu nunca caluniei ou difamei o ministro. Não tenho medo de retaliação. O que ele vai fazer? Vai usar de novo o seu poder como ele já fez? Eu não tenho medo disso. estou preparado pra qualquer retaliação e acho que não há motivo. Eu aprendi que, se você tem medo de ditador, você não é nem digno de estar promovendo algum evento pra o povo se manifestar”, salientou.

Malafaia também comentou que Bolsonaro deve falar sobre “liberdade, das garantias constitucionais para o povo ser livre, contra o cerceamento de rede social”, mas que o seu próprio discurso será o “mais duro e veemente já feito”.

“Acho que ele [Bolsonaro] fala menos, não deve falar nada de Alexandre de Moraes porque está dentro do inquérito. Mas os outros vão falar, Nikolas [Ferreira, deputado federal], Magno Malta [senador], Bia Kicis [deputada federal], [Julia] Zanatta… essa gente vai centrar fogo em Alexandre de Moraes. Isso eu garanto”, concluiu o pastor.

No ato, são esperadas as presenças do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), além dos candidatos à prefeitura Ricardo Nunes (MDB), Pablo Marçal (PRTB) e Marina Helena (NOVO). Marçal ainda não confirmou se estará nos atos.

Eleições em SP

O coordenador do plano de governo e vice de José Luiz Datena (PSDB), José Aníbal (PSDB), também foi entrevistado e falou sobre as estratégias do candidato à prefeitura de São Paulo. Segundo ele, é preciso fazer com que as pessoas associem o apresentador ao fato de seu nome estar nas urnas. O apresentador enfrenta um cenário adverso atualmente, com as pesquisas eleitorais apontando um empate técnico entre três concorrentes do tucano: Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB).

Aníbal também criticou Pablo Marçal, que, segundo ele, tem posições “de gente que quer enganar as pessoas” e “não está ali para esclarecer, se posicionar ou criar credibilidade, mas para tentar gerar corte para redes”. “Nós não podemos ter alguém na prefeitura de São Paulo suspeito de ter relações próximas com o crime organizado, com o PCC, como já ficou notório com notícias na imprensa”, afirmou o tucano.

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