Na reunião que juntou a cúpula partidária governista na Granja Santana, o presidente da Assembleia, Adriano Galdino (Republicanos), sábado (8) passado, foi o último a falar, mas também disse tudo que estava guardando para dizer. Na sua exposição, o deputado fez um longo relato de contribuição e lealdade política ao PSB e ao governador João Azevêdo (PSB), durante os últimos 14 anos.
No relatório, Galdino citou episódios complexos em que manteve-se firme no apoio ao PSB, ainda sob Ricardo Coutinho, as licenças que tirou para beneficiar suplentes do partido, a estabilidade política e a governabilidade garantida ao projeto socialista, incluindo os últimos anos do governo João, todas as vezes que assumiu o comando da Assembleia.
Não ficou de fora da prestação de contas, por exemplo, o trabalho de articulação para garantir a aprovação de contas do governador João Azevêdo, derrubando o parecer do Tribunal de Contas do Estado, às vésperas da eleição de 2022, uma votação que garantiu o passaporte da elegibilidade ao então candidato à reeleição.
Adriano também lembrou que, ao longo de mais de uma década, entregou a votação de todas as matérias importantes de interesse do governo, segurou as crises políticas em plenário, correu até risco físico ao peitar coronel da PM no tenso debate de projetos salariais da categoria no plenário, e barrou pessoalmente todas as ameaças de comissões parlamentares de inquérito na Casa. Nenhum dos pedidos da oposição passou e o governo se viu livre de dores de cabeça e desgastes.
Em resumo, diante dos olhos de mais recentes aliados do Palácio da Redenção, Adriano botou todos os seus créditos na mesa de João. E cobrou a fatura da reciprocidade política na formação da chapa de 2026.
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