O Ministério Público Federal (MPF) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que intime o senador Alexandre Luiz Giordano (MDB-SP) para explicar suposto uso indevido de verba indenizatória no exercício de atividade parlamentar.
O senador teria realizado abastecimentos no Auto Posto Mirante Ltda. e no Auto Posto irmãos Miguel Ltda. em valores considerados pelo MPF como “exorbitantes” e que “não condizentes com a necessidade da atuação parlamentar”.
Segundo o pedido em ação de relatoria da ministra Cármen Lúcia, o parlamentar juntou notas fiscais emitidas pelo posto Auto Posto Mirante Ltda., nas datas de 19 de dezembro de 2022, no valor total de R$ 3.940,78 e em 2 de janeiro de 2023, no valor de R$ 1.691,22.
O MPF analisa que é necessário uma explicação, pois a quantidade de combustível adquirida pelo senador, em um só dia corresponde a 507,61 litros de gasolina e 188,67 litros de diesel, “o equivalente ao tanque de mais de 12 veículos de passeio”.
“Diante desse quadro, como providência inicial,visando o melhor deslinde da apuração, mostra-se adequado franquear ao parlamentar noticiado a oportunidade para prestar esclarecimentos acerca do caso”, solicita vice-procurador Geral da República, Hindenburgo Chateaubriand.
Outros gastos suspeitos
Em junho de 2023, calculou que o emedebista, que assumiu seu mandato no Senado em março de 2021, com a morte do senador Major Olímpio, tinha pedido reembolso de R$ 25,2 mil da cota parlamentar para gastos com refeições em restaurantes, entre janeiro e maio.
As notas de ressarcimento incluiam casquinhas de camarão (R$ 210) e filé de Cambucu (R$ 274) servidos na mesa com vista para o mar de Ubatuba, no litoral norte paulista. Rodízio com 18 cortes de carne (R$ 210) em uma badalada churrascaria da capital paulista. Massas com molhos variados (R$ 240) e tiramisù (R$ 27) de sobremesa no almoço de domingo em uma tradicional cantina italiana de São Paulo.
Metrópoles