O MPF acaba de abrir mais uma leva de 34 procedimentos para rastrear recursos de emendas parlamentares destinadas por deputados e senadores a cidades do Ceará e Bahia. Os dois estados entraram na mira da Polícia Federal por corrupção nos repasses especiais, as chamadas “emendas-pix”, que levaram o ministro Flávio Dino a cancelar pagamentos do governo por falta de transparência no uso da verba pública.
Recentemente, o Radar mostrou que a blitz do MPF sobre os repasses de parlamentares já chegava a 234 procedimentos abertos em todo o país. Com os novos processos, o órgão segue em ritmo acelerado para descobrir o destino de bilhões de reais que escoaram pelo orçamento secreto.
No Ceará, a nova onda de ações do MPF mira treze cidades — o restante é sobre prefeituras baianas. Três delas receberam 3,5 milhões de reais em emendas dos deputados federais Carlos Benevides Filho, Luiz Gastão e Robério Monteiro.
Na maioria dos procedimentos, no entanto, o MPF não identifica os autores dos repasses. O órgão cobra das prefeituras a prestação de contas dos recursos. Ao final de todo o trabalho, se for constatado indícios de corrupção ou de improbidade, os casos serão enviados à PGR para abertura de inquéritos no STF.
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