As TVs Cabo Branco e Paraíba realizaram, nesta quinta-feira (27), um debate decisivo entre os candidatos a governador da Paraíba. Com um novo formato, o debate colocou João Azevêdo (PSB) e Pedro Cunha Lima (PSDB) no confronto direto e os ataques marcaram o processo.
1° Bloco
No primeiro bloco os candidatos tiveram 15 minutos, cada um, para debater temas livres e o embate foi quente e marcado por troca de acusações. João Azevêdo acusou Pedro Cunha Lima de ter votado a favor do pagamento em universidades públicas. Depois a troca de farpas enveredou pela Operação Calvário. Pedro acusou João de ter feito parte do grupo que foi alvo da operação que investiga um esquema de corrupção no Governo da Paraíba.
João se defendeu e rebateu acusando Pedro de ter recebido dinheiro da Odebrech para bancar campanha. O socialista resgatou, ainda, o fato que ficou conhecido como “dinheiro voador” relembrando o dinheiro jogado pela janela do Edifício Concorde na época em que o pai de Pedro, o ex-governador e ex-senador Cássio Cunha Lima era candidato.
2° Bloco
Neste bloco os candidatos tiveram 6 temas à disposição para escolher sobre o que queriam falar e fazer a pergunta ao adversário. Cada um teve 5 minutos para debater o tema escolhido.
João Azevêdo falou sobre os projetos para o setor do Turismo alegando que tem realizado obras por todo o estado indo de Araruna, na Pedra da Boca, até João Pessoa, com o Polo Turístico. Pedro quis saber quanto havia sido investido no São João de Campina Grande e contestou os investimentos feitos pelo estado na divulgação de pontos turísticos. O tucano disse que é preciso ter publicização dos grandes eventos.
Saneamento básico foi o tema escolhido por João Azevêdo logo em seguida. Ele lembrou que tem investido em obras hídricas e disse que Pedro tem a intenção de privatizar a Cagepa. Pedro rebateu e disse que quer eficiência no trabalho da Companhia acrescentando que há ineficiência nas obras hídricas. O socialista citou as adutoras – mais de 250 quilômetros, segundo ele – de obras sendo concluídas.
3° bloco
Neste bloco os candidatos tiveram novamente 30 minutos, 15 cada um, para debater temas livres. João falou que o governo atual é o mais competitivo do Nordeste e que, somente em energia, empresas trouxeram mais de 10 milhões em investimentos. Pedro atacou dizendo que o governo de João é lento e citou a reprovação das contas de João Azevêdo pelo TCE e pulou para o assunto causa animal. João falou do castramóvel e de clínicas móveis que tem atuado no estado. Mais uma vez o tema mudou e João lembrou que na época de Cássio os servidores tinham que fazer empréstimo para receber o 13° salário. Pedro prometeu que vai cuidar da atenção à mulher, especialmente, no momento da gestação, projeto a que chamou de “Mãe paraibana”.
4° bloco
Novamente os candidatos tiveram temas determinados para escolher e debater. João questionou Pedro sobre os valores por ele destinados, enquanto deputado federal, para o setor da agricultura familiar e lembrou os diversos projetos feitos através do Projeto Cooperar que têm contribuído para o setor, acrescentando que investiu mais de R$ 400 milhões na área. Pedro retrucou dizendo que enquanto deputado não tem o poder para investir na agricultura familiar e que somente sendo governador para conseguir isso. O tucano estendeu o tema e questionou o que, segundo ele, é a falta de investimentos na Ceasa. João também citou os investimentos feitos na caprinocultura.
Pedro perguntou sobre esportes e questionou os investimentos do governo no Almeidão e no Bolsa Atleta afirmando que os dois estão em abandono. João rebateu explicando todos os investimentos como recuperação da Vila Olímpica em João Pessoa e a construção de novas vilas, além de incentivos a atletas paralímpicos. Pedro disse que vai incentivar os clubes paraibanos e João lembrou que o tucano ficou de licença quase toda a pandemia.
Parlamento em Destaque com Fonte 83
Foto: Luana Silva/G1