O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o Brasil só vai se manifestar sobre o tarifaço prometido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após a concretização da implementação das medidas comerciais.
“O governo tomou a decisão de só se manifestar oportunamente com base em decisões concretas, não em anúncios que podem ser mal interpretados, revistos”, disse o ministro nesta segunda-feira 10.
No domingo, Trump prometeu anunciar nesta segunda-feira 10 tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para o país.
O tarifaço de Trump vai afetar diretamente o Brasil, já que metade de todo o aço brasileiro exportado tem os Estados Unidos como destino, um mercado de 6 bilhões de dólares em vendas. Para o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, a política comercial do governo Trump, agora prestes a ser turbinada, consiste em um “jogo de perde-perde”.
Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. Em 2024, as exportações brasileiras para o país somaram 40,3 bilhões de dólares, ou 12% do total exportado, enquanto as importações de produtos americanos alcançaram 40,6 bilhões de dólares – 15,5% do total.
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