Além da possibilidade de união entre PP de Aguinaldo Ribeiro, Republicanos de Hugo Motta e União Brasil de Efraim Filho visando a formatação de uma grande federação partidária, em Brasília é desenhado um roteiro para composição entre o PSD da senadora Daniella Ribeiro e o PSDB do clã Cunha Lima.
Em entrevista recente ao O Globo, o presidente do ninho tucano, Marconi Perillo, confirmou as conversas e acrescentou: além do PSD há diálogo com MDB, União Brasil, Republicanos, Podemos, Solidariedade. No caso do PSDB, esse é um caminho natural de sobrevivência política.
Cacique do PSD, o ex-ministro Gilberto Kassab disse que o partido vai, em breve, analisar as conjunturas regionais. Finalizada esta etapa, prossegue com as tratativas à nível nacional.
Na Paraíba, PSD e PSDB caminham em lados opostos. De um lado, a sigla liderada por Daniella dá apoio ao governo João Azevêdo (PSB). O filho da senadora, Lucas Ribeiro (PP), é vice-governador.
No oposto, a legenda presidida pelo deputado Fábio Ramalho integra a oposição estadual. Entre seus filiados, está Pedro Cunha Lima, principal, opositor de Azevêdo em 2022.
Ao Blog, Ramalho disse que as tratativas tem sido colocadas em discussão e afirmou que, segundo o diálogo colocado na mesa à nível nacional, o comando ficaria com PSDB no estado.
“As conversas nacionalmente é justamente de que o controle seria do PSDB na Paraíba. Nós temos uma candidatura do PSDB, que é Pedro”, frisou.
Por outro lado, Daniella é a única filiada das duas legendas com mandato no Congresso, um peso que também deve ser colocado no debate.
Fora essa questão, há quem acredite que o PSD pode ser um caminho, caso necessário, para Lucas no próximo ano, quando poderá ser alçado a Chefe do Poder Executivo Estadual, com a eventual descompatibilização de João para concorrer o Senado.
A aguardar as cenas dos próximos capítulos.
Blog do Wallinson Bezerra