O presidente Lula aproveitou a assinatura de um acordo de cooperação com Portugal para a defesa dos direitos de pessoas com deficiência para pedir desculpa por relacionar pessoas com transtornos mentais à violência.
Na última terça-feira, dia 18, o presidente disse que pessoas que enfrentam transtornos mentais teriam “um problema de desequilíbrio de parafuso”. Uma declaração criticada por ser preconceituosa.
Hoje, após a assinatura em Lisboa do Memorando de Entendimento para a criação de mecanismos de cooperação bilateral para o intercâmbio de boas práticas na promoção e defesa dos direitos de pessoas com deficiência, durante a Cúpula Luso-Brasileira, Lula se retratou no Twitter.
“Destaco esse acordo também pois gostaria de pedir desculpas sobre uma fala que fiz na semana passada, durante reunião sobre violência nas escolas. Conversei e ouvi muitas pessoas nos últimos dias e não tenho vergonha de assumir que sigo aprendendo e buscando evoluir”, publicou a conta oficial do presidente, que continuou:
“É por isso que quero me retratar com toda a comunidade de pessoas com deficiência intelectual, com pessoas com questões relacionadas à saúde mental e com todos que foram atingidos de alguma maneira por minha fala”.
Lula também se desculpou pela associação à violência e disse que fará o possível para que todos se sintam incluídos.
“Não devemos relacionar qualquer tipo de violência a pessoas com deficiência ou pessoas que tenham questões de saúde mental. Não vamos mais reproduzir esse estereótipo. Tanto eu quanto nosso governo estamos abertos ao diálogo. Como presidente de um país com uma grande parcela da população de PCDs, estou disposto a aprender e fazer o possível para que todos se sintam incluídos e respeitados. É assim que avançamos enquanto pessoas, país e sociedade”.
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