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 Daniella Ribeiro não descarta retorno ao PP e afirma que já recebeu convites de outras legendas para filiação: “Irei decidir no momento certo”

A senadora Daniella Ribeiro (PB) concedeu uma entrevista  ao programa CBN João Pessoa, na rádio CBN Paraíba nesta quinta-feira (20), onde comentou sobre os motivos de sua saída do Partido Socialista Democrático (PSD) na Paraíba e suas perspectivas para o futuro político. Segundo Daniella, a decisão de se desfiliação ocorreu devido a divergências internas dentro do partido, especialmente em relação às articulações feitas pelo presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, que tentou uma fusão com o PSDB sem sucesso.

“Eu não tinha como conviver com pessoas com ideias tão contrárias às minhas. Tenho minhas convicções e a única alternativa foi sair. Não seria possível aceitar um ambiente político gerador de desconfiança”, afirmou Daniella, ressaltando que não estava ciente das articulações de bastidores que levaram à tentativa de fusão.

A senadora explicou que não aceitava a entrada de políticos como o ex-senador Cássio Cunha Lima e o ex-deputado federal Pedro Cunha Lima no PSD, o que teria gerado um desconforto entre ela e o partido o que contribuiu para a migração da legenda para o campo oposicionista, movimento com o qual ela não concordou. Ela ainda afirmou que a falta de uma conversa prévia por parte de Kassab foi um grande erro. “O partido ganhou uma senadora e a maior bancada do Senado, mas faltou a consideração com a política da Paraíba”, destacou.

Daniella também fez questão de pontuar que, embora não tenha se sentido traída, a ausência de uma política mais voltada para as necessidades da Paraíba foi decisiva. Ela citou o exemplo de outros membros do PSD, como o presidente da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), o vereador Dinho Dowsley, que também deixou a legenda com o aval do partido.

Sobre seu futuro partidário, a parlamentar afirmou que, apesar de especulações sobre uma possível filiação ao PP, não há nada definido. “Tenho outras opções além do PP, recebi convites de vários partidos. O Progressistas tem uma atuação que eu sentia muita falta no PSD, que é a atuação em relação a questão das mulheres. Tanto a Fundação Milton Campos, quanto a Fundação PP Mulher, que é de onde nós utilizávamos mais recursos do fundo eleitoral para realização de programas, palestras e demais ações do segmento no partido. Estou tranquila para tomar uma decisão no momento certo”, explicou.

A senadora também comentou sobre a possível federação entre o Progressistas (PP) e o União Brasil, dizendo que se vê em uma posição de observadora. “Nesse momento em uma posição bem tranquila, de observadora e analisando com racionalidade calma essa federação. Tenho que pensar no que é melhor para a Paraíba e seguir conversando com o PP. Na minha opinião  quem deveria comandar o partido no estado são os nossos aliados do PP. Vamos aguardar o que o União Brasil vai decidir”, disse Daniella.

Daniella Ribeiro também foi questionada sobre sua posição na primeira secretaria do Senado Federal, cargo que ocupa desde a última eleição para a Mesa Diretora. Ela explicou que a eleição para a Mesa Diretora é independente do partido, que ela se inscreveu, e que sua indicação foi feita pela maioria dos colegas. “Eu sou a 1ª secretária da Mesa, fui eleita e essa escolha foi feita independente do partido. Não existe possibilidade de modificação pelo regimento interno após a eleição. Estive conversando com Omar e está tudo resolvido”, afirmou.

Em relação ao governador João Azevêdo (PSB), Daniella esclareceu que nunca houve um acordo formal para apoiar a saída dele e a ascensão do vice-governador Lucas Ribeiro (PP) ao cargo. “Nunca existiu um acordo para que o governador saísse e o vice assumisse. Fico feliz com o trabalho que Lucas tem feito como vice-governador. Nesse contexto nos temos afinidade de querer o melhor para a Paraíba e entendo que não pode retroceder”, concluiu.

Fonte83

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