De olho nas eleições municipais do ano que vem, deputados e senadores iniciaram uma articulação para inflar o fundão eleitoral para até R$ 6 bilhões. A medida, porém, divide parlamentares, segundo o jornal O Globo.
Segundo a Lei Orçamentária de 2024, foram reservados R$ 939,9 milhões para o Fundo Especial de Financiamento das Campanhas. Entretanto, os parlamentares avaliam usar parte das emendas de bancadas, hoje estimadas em R$ 12 bilhões, para os gastos eleitorais. O remanejamento, no entanto, não é consensual já que vários parlamentares afirmam que seu capital político vem justamente da sua capacidade de entregar obras nas bases eleitorais.
“O nó está nos deputados do baixo clero — aqueles que não têm cargo de liderança e pouca influência na divisão dos recursos. Eles resistem em mexer nas emendas de bancada, usadas para financiar obras e serviços em suas bases eleitorais”, informa o jornal O Globo.
Há também a possibilidade de que o Congresso reduza o orçamento da Justiça Eleitoral, hoje estabelecido em R$ 9,1 bilhões ao ano. A tática é defendida tanto por integrantes do PL quanto do PT.
O Antagonista