Para se adequar a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de agosto de 2023, que formou maioria para obrigar a Câmara dos Deputados a atualizar a proporcionalidade da representação no Legislativo de acordo com o Censo de 2022, os parlamentares atuam para aumentar o número de deputados na Casa e reduzir a representatividade de estados menos populosos.
O assunto se tornou prioritário, principalmente nas unidades federativas que perderiam vagas no Congresso. Além da Paraíba, que pode perder 2 cadeiras com a nova medida, outros estados também sofreriam baixas, como Rio de Janeiro, Piauí e Bahia.
As bancadas prejudicadas já iniciaram tratativas com o deputado federal paraibano, Hugo Motta (Republicanos), principal cotado a assumir à Casa em fevereiro. Os diálogos devem ser retomados já no retorno das atividades do Congresso, frente a urgência da discussão do tema no primeiro semestre deste ano.
O Congresso tem até 30 de junho de 2025 para responder à exigência, data a partir da qual o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terá autonomia para aplicar as mudanças. A última vez que isso tinha ocorrido foi em 1993. Atualmente, a Câmara tem 513 deputados. Há ideia de elevar esse número para 531.