SÃO PAULO, SP, E SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) – A campanha de Ciro Gomes (PDT) divulgou uma nota neste sábado (10) afirmando que um bolsonarista tentou agredir o candidato durante a passagem da comitiva do presidenciável em um evento em Porto Alegre.
Segundo a nota, um homem foi retirado pela Polícia Federal do Acampamento Farroupilha, após tentar agredir Ciro Gomes e sua equipe. “O homem, apoiador de Bolsonaro, tentou causar confusão durante a passagem da comitiva”, diz a nota.
Os policiais federais que fazem parte da equipe de segurança de Ciro retiraram o agressor do local. O homem, identificado como Lisandro Vargas Vila Nova, embora tenha afirmado estar armado, foi revistado e nenhuma arma foi encontrada, segundo a equipe do candidato.
Um boletim de ocorrência foi registrado pela equipe jurídica de Ciro Gomes.
Em entrevista, o advogado Lisandro Vargas Vila Nova afirmou que não tentou agredir o candidato Ciro Gomes. Ele disse que estava no parque acompanhado da filha, de 10 anos, se aproximou do pedetista e gritou o nome presidente Jair Bolsonaro, de quem é apoiador.
Depois disso, diz Lisandro, ele que foi agredido por aliados do pedetista: “Foram eles que vieram para cima de mim e me agrediram, fiquei com uma lesão no olho”, disse Lisandro, que afirmou que irá registrar um boletim de ocorrência.
Ele ainda afirmou que foi revistado pela equipe da Polícia Federal que acompanha o pedetista e destacou que não tem porte de arma e não estava armado. Na sequência, foi liberado e retornou para casa.
Questionado sobre o motivo de ter provocado o candidato do PDT, o advogado foi sucinto : “Estamos em uma democracia”.
Em nota, a Polícia Federal informou que um dos assessores de Ciro “teria se desentendido com um manifestante contrário, tendo chegado a vias de fato”.
Ainda segundo a PF, policiais militares contiveram o manifestante, que não portava qualquer tipo de arma conforme divulgado e formalizaram a ocorrência.
“Ressaltamos que em momento algum o candidato foi agredido e nem tampouco teve a delimitação do espaço de segurança, determinado pela equipe de policiais federais que o acompanham, ameaçado.”
Em live nas suas redes sociais, Ciro Gomes comentou o episódio: “Está tudo bem, não aconteceu nada comigo”.
Ele afirmou que estava participando do ato no Parque Harmonia, quando foi provocado por um militante bolsonarista.
“Chegou um bolsonarista desses que infestam a vida brasileira, entrou ali e fez uma provocação. Eu nem prestei atenção porque não quis interromper a cantoria que estava boa. Mas aí o cara, talvez para se defender, covardes que são, disse que estava armado”, afirmou.
“O manifestante foi revistado e não estava armado: ‘Bolsonarista, além de frouxo e covarde, é mentiroso também’”, disse o pedetista.
A também candidata à Presidência Simone Tebet (MDB), em uma publicação no Twitter, cobrou um posicionamento de Bolsonaro sobre o envolvimento de seus apoiadores em casos de violência política.
“Bolsonaro, que foi vítima de um lobo solitário, não pode assistir em silêncio essa escalada de violência política. É uma omissão covarde. As famílias brasileiras já não suportam mais esse ambiente de ódio”, afirmou.