O presidenciável Ciro Gomes (PDT) anunciou que, caso fique fora do segundo turno da corrida eleitoral, não apoiará Luiz Inácio Lula da Silva no confronto do petista contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Foi a primeira vez que ele se posicionou claramente sobre o assunto.
“Passo uma campanha inteira dizendo que o PT virou uma organização criminosa. Eles me insultam, me agridem todos os dias e ainda esperam que eu apoie eles no segundo turno?! Nunca mais, Juvenal. Ele (Lula) é um encantador de serpentes, mas a mim ele não engana mais”, garantiu.
O pedetista também criticou a relação de Lula e de Bolsonaro com integrantes e partidos que compõem o Centrão, mas não afastou a hipótese de negociar com o grupo, caso seja eleito. Conforme disse, tanto o petista quanto o presidente cresceram denunciando a corrupção e criticando o maior agrupamento de partidos dentro do Congresso, mas, quando eleitos, fizeram o contrário do que pregavam.
“Não vou descartar o Centrão, essa é a minha diferença entre os dois. Estou dizendo o oposto, que (o Centrão) vote nas minhas ideias. Não adianta me mandar para Brasília e me achar o salvador da pátria. Eu vou negociar com quem quer que o povo eleja. É com essa maioria que o povo me der que eu vou negociar. Aí está a diferença de um homem vivido e experiente. Conheço como funciona a operação do Estado brasileiro. Abro mão da minha reeleição em troca da reforma do país”, afirmou.
Ciro acredita que o Congresso irá aderir às suas ideias e projetos. O pedetista sempre que pode salienta que pretende promover as maiores mudanças do Estado nos seis primeiros meses de governo. E avalia que deputados e senadores costumam aceitar melhor as propostas enviadas pelo Palácio do Planalto durante os seis primeiros meses da nova gestão.
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