A Paraíba tem registrado um aumento no número de mortes por Covid-19 nas últimas semanas. O crescimento teve início no fim de 2024 e tem permanecido durante os primeiros dias de 2025. No ano passado o estado registrou 92 óbitos, de acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde da Paraíba divulgado nesta quinta-feira (9).
Em entrevista, a chefe do Núcleo de Doenças e Agravos Transmissíveis da Secretaria, Fernanda Vieira, atribuiu o crescimento do vírus à baixa adesão da vacinação por parte das pessoas.
“Chama atenção [o aumento dos casos] porque a gente tem vacina disponível, principalmente para crianças de seis meses a cinco anos, para idosos, para gestantes, para pessoas imunossuprimidas. Muitas vezes o pessoal deixa de procurar o postinho de saúde para manter a carteira de vacina em dia. E aí acaba adoecendo e não tem o sistema imunológico competente suficientemente para lidar com essa doença e acaba indo a óbito, infelizmente”, enfatizou Fernanda.
Em 2024, foram identificados 213 casos de hospitalizações por Covid-19 na Paraíba. Ainda segundo Vieira, esse índice cresceu em razão da disseminação da nova variante XEC na Paraíba.
“É a variante XEC dentro da Ômicron que nós temos aqui na Paraíba e foi detectada no final do ano passado. Isso sinaliza que, tendo essa cepa nova aqui, a nossa população estando suscetível e não tendo todas as medidas, a população vai adoecer”, garantiu a técnica.
O infectologista Fernando Chagas, ao Portal MaisPB, garantiu que a manutenção dos cuidados com a higiene e as prevenções em casos de sintomas ainda são essenciais para população se proteger do vírus.
“Quando você se deparar com alguém com coriza, dor de cabeça, dor de garganta, moleza, é importante você ter cuidado para não passar à frente para uma pessoa que pode perder a vida por conta disso. Então, é importante utilizar máscaras quando estiver com sintomas e fazer bem a higiene das mãos”, afirmou o especialista.
O médico ainda tranquilizou a sociedade sobre os dados e assegurou que as vacinas distribuídas no estado e no país são resistentes as demais variantes da Covid-19. “As vacinas cobrem bem essa variante porque ela é uma sub variante da Ômicron que a gente já conhece. E essa vacina que está circulando no Brasil já tem fragmentos desse vírus”, disse Fernando.
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