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Na contramão do cenário nacional, Paraíba tem maior alta nas vendas do comércio varejista

Na contramão do cenário nacional, as vendas no comércio varejista aumentaram 2,4% no mês de junho na comparação com maio. Esse foi o maior crescimento do país, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (14) pelo IBGE.

A Paraíba também tem o melhor desempenho do país quando avaliada a Variação Interanual do Volume de Vendas do Comércio Varejista Ampliado por Estado, com 12,5%. O recorte leva em consideração o período de junho de 2023 a junho de 2024.

Conforme a pesquisa, 20 unidades da federação obtiveram desempenho negativo, com destaque para Amapá (-8,7%), Bahia (-2,8%) e Tocantins (-2,7%). Dentre as sete estados com taxas positivas, Paraíba (2,4%), Rio Grande do Sul (1,8%) e Rondônia (1,0%) se destacaram.

No comércio varejista ampliado, houve resultados positivos em 15 das 27 unidades da federação, valendo mencionar Rio Grande do Sul (13,8%), Mato Grosso do Sul (4,8%) e Paraíba (4,5%), com a terceira maior alta. Amapá (-9,4%), Tocantins (-4,1%) e Acre (-2,7%), porém, chamaram atenção pelo lado negativo. Já Sergipe (0,0%) apresentou estabilidade, segundo o IBGE.

As vendas no país caíram 1,0% na comparação com o mês anterior, quando cresceram 0,9%. No primeiro semestre de 2024, o varejo acumula alta de 5,2% em relação ao mesmo período de 2023, abaixo do acumulado até maio (5,5%).

Quanto às atividades, houve equilíbrio entre resultados negativos e positivos. Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,1%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,8%), Tecidos, vestuário e calçados (-0,9%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,3%) tiveram desempenho negativo. Por outro lado, Combustíveis e lubrificantes (0,6%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,2%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,8%) e Móveis e eletrodomésticos (2,6%) cresceram de maio para junho.

“A queda de 1,0% no comércio varejista em junho acontece após cinco meses seguidos em alta, período que culminou com o recorde da série histórica em maio. O efeito rebote, ou seja, uma retração natural do volume de vendas depois de forte crescimento, além de reduções expressivas verificadas nas atividades de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, e de Outros artigos de uso pessoal e doméstico são os dois principais fatores que explicam o recuo das vendas no varejo em junho”, explica Cristiano Santos, gerente da pesquisa.

Com Pauta Real.

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