A taxa de alfabetização das pessoas quilombolas na Paraíba é de 73,1%, a terceira menor do país para pessoas de 15 anos ou mais de idade, conforme dados do Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (19).
A taxa de alfabetização da população quilombola paraibana é abaixo da média nacional de 84%. Foi a terceira menor taxa do país, maior apenas que as taxas registradas em Alagoas (70,2%) e no Piauí (71,3%).
A taxa de alfabetização dos homens quilombolas foi de 44,9%, enquanto para as mulheres foi de 55,1%, segundo o IBGE. Esse dado indica uma desigualdade de gênero na alfabetização da população quilombola paraibana.
No total de 12.471 pessoas quilombolas com 15 anos ou mais de idade residentes no estado, a taxa de alfabetização paraibana corresponde a 9.120 pessoas quilombolas de 15 anos ou mais de idade que, em 2022, eram alfabetizadas.
A taxa de alfabetização dos quilombolas ficou 10,9 pontos abaixo da taxa estadual para o grupo da mesma idade, que foi de 84%.
O levantamento também indica que a taxa de alfabetização dos quilombolas diminui com a idade, sendo mais alta entre os mais jovens, que têm tido mais acesso à educação em comparação com os mais idosos.
Em 2022, na Paraíba, a taxa de alfabetização dos quilombolas acima de 65 anos era de 32,2%, menos da metade da taxa estadual de 73,1%. Entre os mais jovens, os índices eram significativamente maiores: 91,4% das pessoas entre 25 e 34 anos eram alfabetizadas, seguidas por 94,9% na faixa de 20 a 24 anos, e 96% entre os jovens de 15 a 19 anos.
No estado, as taxas de alfabetização são superiores entre os quilombolas que vivem dentro de territórios oficialmente delimitados (74,5%) em comparação com aqueles que residem fora desses territórios (72,9%) — uma diferença observada em relação aos cenários nacional e regional.
O Censo Demográfico 2022 identificou 92 localidades quilombolas na Paraíba, vinculadas a 77 comunidades quilombolas informadas pelos entrevistados. Destas localidades, 76 (82,6%) estão fora dos Territórios Quilombolas oficialmente delimitados, enquanto 16 (17,4%) estão dentro desses territórios.