O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou nesta terça-feira, 2, a possibilidade do governo federal reduzir o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) sobre câmbio para conter a alta do dólar. A moeda americana opera em mais um dia de alta, cotada a 5,66 reais até o meio dia.
Ele afirmou que é preciso acertar a comunicação sobre a autonomia do Banco Central e rigidez do arcabouço fiscal para conter a disparada do câmbio — que já subiu mais de 15% neste ano.
A fala de Haddad tenta acalmar o mercado financeiro em mais um dia nervoso após declarações de Lula à uma rádio da Bahia. Na entrevista, o presidente disse que iria conversar com Haddad para fazer algo contra o ataque especulativo contra o real, além de voltar a criticar Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.
“Aqui na Fazenda nós estamos trabalhando uma agenda eminentemente fiscal com o presidente para apresentar para ele propostas para cumprimento do arcabouço em 2024, 2025 e 2026”, disse o ministro a jornalistas na portaria do Ministério da Fazenda.
No fim da manhã, Haddad afirmou que além de trabalhar no ajuste das contas públicas, a equipe econômica também pode melhorar a comunicação tanto sobre a autonomia do Banco Central como sobre o arcabouço fiscal.
“Eu acredito que o melhor a fazer é acertar a comunicação, tanto em relação à autonomia do Banco Central, como o presidente [Lula] fez hoje de manhã, quanto em relação ao arcabouço fiscal. Não vejo nada fora disso. Autonomia do Banco Central e rigidez do arcabouço fiscal. É isso que vai tranquilizar as pessoas”, disse.
Com Veja.