O casal Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias Campos, proprietário da empresa Braiscompany, pode ser extraditado a qualquer momento da Argentina para o Brasil.
De acordo com informações oficiais, a Justiça Federal brasileira já forneceu todos os documentos exigidos para a realização do processo de extradição e aguarda apenas uma resposta do Governo Argentino.
Aqui no Brasil, a defesa do casal entrou com uma apelação que, até a publicação desta matéria, ainda não havia sido julgada e, em terras argentinas a análise do caso não é prioridade.
Antônio Ais e Fabrícia, quando forem extraditados, ainda têm a possibilidade de serem mantidos presos fora do Estado da Paraíba por questão de segurança.
Os donos da Braiscompany estavam foragidos da Justiça brasileira há mais de um ano. Eles foram presos em 29 de fevereiro. No mês de março Fabrícia conseguiu direito à prisão domiciliar e, em maio, foi a vez de Antônio gozar do mesmo privilégio.
O caso
Antonio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias eram sócios da empresa de criptoativos Braiscompany, com sede na Paraíba. O casal liderou o esquema de pirâmide financeira da Braiscompany, responsável por desviar mais de R$ 1 bilhão de mais de 20 mil clientes, e que também foram condenados pela Justiça a uma pena somada de 150 anos, por crimes contra o sistema financeiro.
Segundo a sentença que condenou o grupo, estima-se que, até o momento, 16% do R$ 1,1 bilhão movimentado pelo esquema (R$ 176 milhões) foram desviados diretamente em favor do casal.
O “casal Braiscompany” já foi condenado pela Justiça. Antônio Inácio da Silva Neto pegou uma pena de 88 anos e 7 meses de prisão, e Fabrícia Farias, 61 anos e 11 meses. Também foram condenados outos 9 réus. O montante a ser reparado é de R$ 277 milhões em danos patrimoniais e R$ 100 milhões em dano coletivo.