Na mira do presidente Lula (PT) por ato de 1º de Maio “mal convocado”, o ministro Márcio Macêdo (foto), da Secretaria-Geral da Presidência, afirmou que “não é papel do governo” mobilizar atos de centrais sindicais e movimentos sociais.
“Não é papel do governo mobilizar atos das centrais sindicais ou dos movimentos sociais. Vamos continuar fazendo o nosso trabalho de participação e diálogos sociais com os movimentos e a sociedade”, disse o ministro a O Globo.
A bronca de Lula
Durante o ato de 1º de Maio, convocado pelas centrais sindicais em alusão ao Dia do Trabalhador, o presidente Lula fez uma cobrança pública ao ministro sobre o número de participantes.
“O [Macêdo] é responsável pelo movimento social brasileiro. Não pensem que vai ficar assim. Ontem [terça-feira, 30], eu disse para o Márcio que o ato está mal convocado. Não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar”, disse o chefe do Executivo.
Essa não foi a primeira cobrança de Lula sobre a atuação do ministro Márcio Macêdo. Em dezembro de 2023, no Natal dos Catadores em São Paulo, o presidente pediu “menos discurso e mais entrega” a Macêdo.
Márcio Macêdo vai cair?
Apesar do desgaste, o ministro Márcio Macêdo não deve ser substituído por enquanto. Segundo o jornal, ele possui um “crédito elevado” com Lula, sendo um dos auxiliares mais próximos ao chefe do Palácio do Planalto e à primeira-dama Janja.
Lula pede votos em Boulos
Mesmo com o evento esvaziado, o presidente Lula aproveitou para pedir votos no deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP), pré-candidato à prefeitura de São Paulo.
“Eu queria dizer desse companheiro aqui: esse rapaz [Boulos], esse jovem, ele está disputando uma verdadeira guerra aqui em São Paulo. Ele está disputando com o nosso adversário nacional, ele está disputando contra o nosso adversário estadual, ele está disputando contra o nosso adversário municipal. Ele está enfrentando três adversários. Ninguém vai derrotar esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições. E eu vou fazer um apelo, cada pessoa que votou no Lula, em 1989, em 1994, em 1998, em 2006, em 2010 e em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo.”
O Antagonista