O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (União), justificou, na manhã desta terça-feira (16), o decreto que proíbe o desfile de blocos carnavalescos entre os dias 8 e 13 de fevereiro em diversos pontos da cidade, a exemplo do Açude Velho e Parque do Povo.
Segundo o gestor, houve um acordo liderado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) para garantir a “organização” e “segurança” dos eventos na cidade. Por isso, de acordo com Cunha Lima, se faz necessário restringir a circulação de blocos.
“O Ministério Público chamou o feito a ordem e convocou uma reunião com os Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil, STTP, Prefeitura… todos os atores para organizar e poder entregar um modelo organizado. Para se ter uma ideia, só em um dia vão sair dez blocos e para esses blocos saírem, é preciso de segurança. Todas as instituições precisam dar essa contribuição”, afirmou o prefeito.
A tese de Bruno foi rebatida pelo vice-governador Lucas Ribeiro (PP). “Eu lembro que quando Rosália Lucas foi secretária [de Desenvolvimento Econômico de Campina Grande] sempre existia essa discussão para que não houvesse uma confusão de blocos. Mas, sempre se conseguiu se entender e chegar a um denominador comum e fazer uma organização”, frisou Ribeiro.
“As Forças de Segurança sempre estão à disposição. Eu ouvi falaram e colocarem a decisão desse decreto numa eventual falta de policiamento, porque a Polícia iria estar focada em outros locais. Isso não é verdade. As Forças de Segurança estão prontas para servir a Campina, como sempre estiveram”.
Prefeito fala em Carnaval “tranquilo” em Campina
Bruno Cunha Lima reafirmou, também, que Campina Grande se tornou uma cidade das pessoas que buscam fugir das festas. “Há alguns anos, Campina criou o Carnaval da Paz e vendeu o destino de Campina como sendo o destino de descanso para as pessoas que querem fugir dos festejos de carnaval”, defendeu.
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